IGREJA NOVA 0 SINTRENSE 0
CAMPO DO IGREJA NOVA
Árbitro: Sandro Soares
Assistentes: Eduardo Gaspar e Rodolfo Deylott
Conselho de Arbitragem da AF Leiria
IGREJA NOVA: Hugo Ferro, Paulo Silva (cap), Luís Freitas, Bruno Nunes, Amadeu, Rodolfo, Zezinho, Pepito (Mário Rui aos 63m), Bonifácio, Igor e Yuri ( Pedro Jorge aos 82m).
Suplentes não utilizados: Eurico, Niki e Kadú
Disciplina: Cartões amarelos: Bruno Nunes aos 26m, Zezinho 48m e Paulo Silva 87m.
Técnico: Rui Paulo
SINTRENSE: Renato, Emanuel, Nuno Alves, Alex, Paulo Vieira (cap), Bandeira, Walnei, Nuno Duarte (Josué aos 77m), Miguel Abreu (Jorge Bento aos 58m), Angel e Pedro Alves ( Éder aos 74m).
Suplentes não utilizados: Paulo, Ricardo, Miguel Ângelo, e Estrela.
Disciplina: Cartões amarelos: Alex 44m, Bandeira 51m, Walnei 72m.
Técnico: Paulo Morgado
Num campo extremamente difícil, o Sintrense não foi além de um empate frente ao Igreja Nova. Um campo cuja largura do terreno de jogo impediu a que se assistisse a uma boa partida de futebol.
Tanto o Igreja Nova como o Sintrense não proporcionaram um bom espectáculo de futebol. Lutou-se mais do que se jogou, mas diga-se que era difícil fazer mais naquele campo.
E nesse aspecto, tanto o Igreja Nova como o Sintrense empregaram-se a fundo na procura do melhor resultado. Não foi por falta de luta e de disputa constante pela posse do esférico que não surgiram os golos. Neste aspecto não se pode culpabilizar os jogadores que disputaram esta partida, pois deu para ver que as camisolas saíram bem suadas no final do jogo.
È sempre complicado jogar em campos tão apertados como o do Igreja Nova. Normalmente, a equipa da casa tem vantagens sobre os adversários. Treina ali todos os dias e aproveita a melhor táctica para se jogar no seu terreno.
Ao Sintrense restava adaptar-se primeiro ao campo, e depois à maneira de jogar do seu adversário. E neste aspecto, esteve muito bem o Sintrense. Não existiram os habituais preciosismos técnicos, pois os tecnicistas do Sintrense mal tiveram tempo para respirar e para pensar o jogo. Quando foi preciso jogar mal, jogar para a bancada, o Sintrense jogou. Despachou sempre o perigo da sua intermediária, e apenas em bolas paradas ou erros na concentração defensiva, o Igreja Nova logrou apoquentar o guarda-redes sintrense.
Bola muito pelo ar, fruto de um futebol directo praticado pelas duas equipas, o espectáculo como se disse, não foi brilhante.
Entrou melhor o Sintrense que dominou praticamente toda a primeira parte, embora sem criar situações de perigo. Bem vistas as coisas, essas ocasiões de perigo rarearam junto às duas balizas. Não se rematou muito , e nas tentativas de entrar nas áreas contrárias, os defensores de ambas as equipas sempre se superiorizaram aos atacantes, presas fáceis neste tipo de campo, onde existia pouco espaço para as desmarcações.
Dentro dos condicionalismos da partida, até foi o Sintrense que procurou jogar um futebol mais apoiado, mas normalmente com a pressão feita pela equipa da casa, os homens do meio campo sintrense, nunca conseguiram pautar o jogo ofensivo, optando antes pela entrega à luta, batalhando e espreitando uma nesga de terreno ou uma falha do adversário, para tentar chegar mais à frente.
Foi mais um futebol de briga, e neste contexto, o Sintrense também mostrou argumentos e raça na ida à luta.
Na segunda parte, foi o Igreja Nova que entrou melhor, com uma série de ataques consecutivos, que originaram quase sete cantos seguidos. Parecia que o Sintrense tinha dado o seu meio campo ao adversário, para tentar desfeitear o Igreja Nova na surpresa do contra ataque.
Mas cedo deu para perceber que tal não era possível, porque os espaços eram curtos, e quando surgiam essas tentativas, lá estavam os homens do Igreja Nova sempre em cima, na marcação, e a despachar de qualquer maneira. A meio da segunda parte, o Sintrense equilibrou a contenda, e Paulo Morgado mandou entrar Jorge Bento para o lugar de Miguel Abreu, na tentativa de abrir mais o jogo. Se bem que o jogo do Sintrense melhorasse, a equipa não conseguia criar os habituais desequilibrios.
Paulo Vieira tinha os caminhos tapados, Nuno Duarte e Pedro Alves não conseguiam também livrar-se das marcações, e Angel raramente se aventurava pelo seu flanco no apoio ao ataque. Peças fundamentais do Sintrense encontravam todos os caminhos tapados, e uma marcação impediosa por parte dos adversários. Que o diga Miguel Abreu, muitas vezes travado à margem das leis, daí que tivesse saído completamente extenuado.
Paulo Morgado bem tentava vencer a partida, e apostou o tudo por tudo com as entradas de Josué e de Èder, na tentativa de empurrar a sua equipa ainda mais para a frente, na procura do golo. E quase que ganhava a aposta, pois mesmo em cima dos noventa minutos, o guardião do Igreja Nova efectuou três monumentais defesas consecutivas a tirar o pão da boca de Jorge Bento, Éder e Josué, para desespero da equipa do Sintrense que já gritava golo nesse lance.
O Sintrense acabava o jogo em grande plano, mas não conseguia chegar à vitória, ficando-se pelo empate. Olhando para os restantes jogos, até se pode considerar um excelente resultado, já que é difícil passar no campo do Igreja Nova, e os seis primeiros da classificação empataram todas as suas partidas, não se registando alterações na tabela classificativa, a não ser a aproximação do 1º de Dezembro, oito dias antes desse derby no Estádio do Sintrense, que vai opôr Sintrense e 1º de Dezembro.
Parece-nos também que o resultado se afigura justo, embora fosse o Sintrense a estar mais perto da vitória como já se disse. Nos últimos onze jogos do campeonato, apenas por uma vez o Sintrense perdeu, registando uma boa recuperação e mais importante do que isso, mantendo a equipa em níveis de competição muito bons. De parabéns está todo o grupo liderado por Paulo Morgado.
Quanto ao trabalho do àrbitro leiriense, sempre em cima dos lances, esteve em bom nível, não tendo influência no resultado, que no fundo, é o mais importante nos tempos que correm.